terça-feira, 13 de outubro de 2009

2º Passeio BTT Mem Martins-Lourel



Esta é a primeira vez que escrevo uma espécie de crónica, e ainda por cima de btt, mas vou tentar…O dia começou bem cedo, era preciso estar em Lourel às 7.30h da manhã, para me juntar aos companheiros de sempre, nestas coisas do pedal. Este foi o dia escolhido para o passeio anual do clube, devidamente registado com a estreia dos novos equipamentos, que mesmo enganados estavam lindíssimos… Às 8.00h já estávamos na Escola D. Carlos I, local da concentração e onde passámos à parte do secretariado, em que se distribuiu tarefas por todos: Recebeu-se o pessoal, confirmou-se as inscrições, entregou-se dorsais, t’shirts e outras ofertas. Pouco passava das 9.00h, e sob a voz de comando (Mário) que veio do alto de uma carrinha, quando centena e meia de bttistas deram início ao passeio que começou em direcção a Sintra e ao palácio, onde se tirou a foto do dia. Daí partimos em direcção aos correios onde apanhámos uma daquelas descidas que deixam saudades e todos gostam e num ápice já estávamos em Galamares, onde demos ao pedal por alguns lavrados e depois de passar o Mucifal, chegámos aos famosos patos de Colares. Depois foi só seguir o caminho paralelo à estrada que leva às praias, e de repente o primeiro abastecimento estava mesmo à nossa mercê. Repostos os sólidos e liquídos, uns seguiram pelo percurso mais longo e os menos afoitos foram pelo caminho mais soft. Enquanto houve malta que se passeou pela praia, outros também apanharam areia, mas esses, coitados, não viram a água azul do mar, apenas pinheiros e mais pinheiros, enfim… A Capela Circular de Janas trouxe-nos mais um abastecimento com águas, sumos e muita fruta, mas não tínhamos muito tempo para fazer sala, é que ainda havia alguns quilómetros para fazer e à nossa espera estava uma subida (parede) daquelas de caixão à cova, é que nem de mota… A chegada ao local de partida foi feita a conta-gotas, afinal havia dois percursos e muita gente com diferentes andamentos, o que é compreensível… No final houve ainda tempo para uma rifas e mais umas águas, sumos e frutas.

Como apontamento fica o registo de um passeio para todos os gostos, com algumas peripécias (furos e problemas mecânicos) e uma aparatosa queda de um nosso companheiro, felizmente sem graves consequências. O companheirismo e a boa-disposição foram a nota dominante deste nosso passeio. Apoios e patrocinadores estão de parabéns. Em jeito de conclusão gostava de agradecer a todos os presentes, e quero dar uma palavra aos Tretas, pessoal 5 *****, com quem tive o prazer de tirar uma foto para a posteridade, obrigado Pedro Pais, Jorge e Bispo. Apareçam sempre. Para terminar, e porque esta crónica é da minha inteira responsabilidade, quero agradecer aos meus companheiros de pedal, pelas aventuras que tenho passado com eles e pela amizade que me deram. É um orgulho fazer parte deste Clube de Amigos.

sábado, 19 de setembro de 2009

Os Cavaleiros Templários

Em tempos remotos, o monte de Moriah coube em sorte a cavaleiros franceses. Em 1118 para assegurarem a guarda dele, fazem um grupo de nove. Os seus nomes irão ficar, para sempre, na História: Hughes de Payen; Bisol de Saint-Omer; Hughes I (4º conde de Champagne); André de Montbard; Archambaud de Saint-Aignan; Nivard de Montdidier; Gondermar; Rossal, formam assim os "Pobres Cavaleiros de Cristo" - Os Templários...
As suas vestimentas provêem de esmolas, em 1128 o Concílio de Troyes dá aos templários estatutos oficiais... Quando um deles morre, o seu lugar à mesa continua a ser servido durante 40 dias, e é um mendigo quem aí toma o seu lugar.
Têm como divisa: NON NOBIS, DOMINE, NON NOBIS SED NOMINI TUA DA GLORIAM (Deus de glória não a nós, Senhor, não a nós, mas sim ao teu nome)
Hughes de Payen idealizou que os seus cavaleiros seriam ao mesmo tempo, soldados e monges, eram como uma expedição militar vestida com uma ideologia religiosa.

A Regra da Ordem dos Templários:
"Da nossa vida só se consegue ver a capa que a envolve, mas ninguém é capaz de descortinar os fortes mandamentos que a regem por dentro"

S    A    T    O    R
A    R    E    P    O
T    E    N    E    T
O    P    E    R    A
R    O    T    A    S

*Este é o "Quadrado Mágico" dos Templários

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Princesinha do Zêzere


Alguém disse um dia "A minha boca só diz aquilo que os meus olhos lhe contam". Quem visita Dornes depara-se com uma beleza inesquecível que nos entra pelos olhos deixando o desejo de conhecer melhor este que é o santuário de Nossa Senhora do Pranto. Reza a lenda que Guilherme de Pavia, feitor da rainha Santa Isabel, ao caçar numa das terras que administrava, ouviu uns gemidos semelhantes ao choro de uma pessoa. A imagem e o pranto da Virgem Maria com o filho morto nos braços fez com que a rainha se deslocasse a este lugar onde mandou erguer uma capela, junto a uma torre pentagonal, única no país, a que deu o nome de Vila das Dores, mais tarde chamada de Dornes. Hoje, a mesma capela é visitada por centenas de turistas, e neste santuário pode admirar-se a Virgem com o seu filho no regaço. O turismo religioso desenvolveu grandemente esta aldeia, mas é no Verão que tudo ganha uma outra vida, os barcos de três tábuas dão lugar a potentes barcos a motor e às motas-de-água, e a calma das águas do rio Zêzere desafia os banhistas mais encalorados, para uns mergulhos. Gentes de todo o lado chegam a Dornes, uns são filhos da terra que vêm de ferias, outros para a conhecer e alguns porque ouviram falar da célebre achegã frita (peixe do rio) com migas e arroz e que ao entrar nesta aldeia param no Restaurante Fonte de Cima, do Ti Casimiro, e provam esta iguaria que a Ti Elvira tão bem sabe fazer. 

Poço Velho




Situada na Beira Alta e entalada entre Nave de Haver e Vilar Formoso, quem segue pela estrada nacional 332, Poço Velho é uma aldeia raiana, outrora terra de contrabandistas, que para Espanha ou Portugal, percorriam sítios como o Bico da Raia ou Esquina dos Hortos, bem juntinho ao marco fronteiriço nº 534, para fugir com a "carga", umas vezes aos guardas fiscais, outras aos carabineiros. Porém,  hoje não é mais que um lugar que alberga pouco mais de duas dezenas de habitantes, já com avançada idade, que se ocupam da lavoura e do gado. É, sobretudo, uma aldeia de emigrantes que no Verão regressam às suas origens e raízes, para matar saudades dos seus pais ou avós. Bebe-se uma pinga na adega, mata-se um cabrito, organiza-se uma garraiada e entre foguetes, ainda há tempo para um bailarico. Durante todo o ano isolada de tudo e de todos, é no mês de Agosto que a terra se enche de côr e ganha uma outra vida, pois trata-se do tão esperado regresso dos seus filhos pródigos que, para os quatro cantos do mundo, partiram em busca de uma vida melhor, mas que sonham um dia voltar de vez à terra que os viu nascer.