sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Princesinha do Zêzere


Alguém disse um dia "A minha boca só diz aquilo que os meus olhos lhe contam". Quem visita Dornes depara-se com uma beleza inesquecível que nos entra pelos olhos deixando o desejo de conhecer melhor este que é o santuário de Nossa Senhora do Pranto. Reza a lenda que Guilherme de Pavia, feitor da rainha Santa Isabel, ao caçar numa das terras que administrava, ouviu uns gemidos semelhantes ao choro de uma pessoa. A imagem e o pranto da Virgem Maria com o filho morto nos braços fez com que a rainha se deslocasse a este lugar onde mandou erguer uma capela, junto a uma torre pentagonal, única no país, a que deu o nome de Vila das Dores, mais tarde chamada de Dornes. Hoje, a mesma capela é visitada por centenas de turistas, e neste santuário pode admirar-se a Virgem com o seu filho no regaço. O turismo religioso desenvolveu grandemente esta aldeia, mas é no Verão que tudo ganha uma outra vida, os barcos de três tábuas dão lugar a potentes barcos a motor e às motas-de-água, e a calma das águas do rio Zêzere desafia os banhistas mais encalorados, para uns mergulhos. Gentes de todo o lado chegam a Dornes, uns são filhos da terra que vêm de ferias, outros para a conhecer e alguns porque ouviram falar da célebre achegã frita (peixe do rio) com migas e arroz e que ao entrar nesta aldeia param no Restaurante Fonte de Cima, do Ti Casimiro, e provam esta iguaria que a Ti Elvira tão bem sabe fazer. 

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